Contação de Histórias em Itu

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domingo, 28 de março de 2010

O perdão é um dom ou um atributo que desenvolvemos com sabedoria ao longo dos anos?
O que é o perdão? Nascemos imbuídos dele ou o desenvolvemos com a maturidade?
Para perdoar os cristãos, budistas e todos os espiritualistas dizem que é preciso amar. Mas que tipo de amor nos leva a perdoar? Experimento sempre aquele amor que começa dentro da gente. Quando odiamos, este sentimento nocivo mora dentro de nós, antes mesmo de ser por alguém. E para não odiar, haja amor e desprendimento... Como é difícil o tal amor incondicional, amar-se e amar o próximo incondicionalmente! Que exercício complicado para nós humanos egoístas. Tenho pensado nas pessoas que não conseguem perdoar, tenho pensado na ignorância como instrumento que gera raiva, brigas e desentendimentos. Não quero sentir mágoa e nem quero ter dentro de mim sentimentos ruins. Exercito diariamente o perdão, tento, para perdoar, entender as pessoas, me colocar em seus lugares, no lugar dos que definitivamente não têm consciência das suas limitações, às vezes é incompreensível, mas juro que me esforço!
As relações interpessoais são complicadas em todos os níveis e graus, se desejarmos conviver de uma jeito saudável, teremos que mudar o modo como encaramos nossos parceiros, amigos, irmãos, namorados ou maridos.
Pensando aqui com as teclas do computador, acho mesmo que pra se ter uma boa relação com pessoas e principalmente ser casado, morar junto, é preciso amar incondicionalmente, sem cobrança sem exigências ou expectativas. Numa relação é preciso que o tal amor, que envolve cumplicidade, admiração, amizade, atração e mais um bando de coisas, seja respeitoso. Para que a pessoa amada não seja cobrada de nada, o amor tem que ser mesmo incondicional. Acho que só sendo incondicional ele é verdadeiro. Aí é que reside a dificuldade. Se a pessoa é SEU namorado, SEU marido, como é que ele pode agir de uma maneira da qual você desaprova, ou acha por fora, sem sentido?
Nós, seres humanos estrategistas loucos, vivemos construindo ilhas de amor em nossa cabeça. As relações com pessoas saem, antes de tudo, de nossas imaginações. Construímos uma tela mental na qual arquitetamos a relação. E aí pronto!, nada dá realmente certo, ninguém é como imaginamos, ninguém é como planejamos, somos egoístas a esse ponto. Queremos sempre que o outro haja dentro dos nossos parâmetros, do quê é certo para nós. A história do perdão entra aí, esquecer completamente e sinceramente das ofensas. Isso vem do fundo do coração é verdadeiro e generoso e é o puro amor. Nas relações ficamos ruminando os insultos e desigualdades, esperamos a todo o momento que o outro exista da maneira que nós achamos que ele deveria existir e não da maneira que ele é realmente. Esse amor é egoísta, e definitivamente, para mim não funciona, é nocivo. “Quero um amor maior”. Será que ele existe, será que ele é humano ou só é reservado aos santos?
OG

Um comentário:

  1. Querida amiga Olga,realmente é dificil perdoar .Venho cada dia mais procurando melhorar nesse aspecto.E descobri que é o tempo ,e não tanto o amor que nos leva ao perdão.Ou será amadurecimento?O tal olhar da girafa,ver o que está por traz das atitudes das pessoas.Compaixão.é isso!
    Vc amiga,já nasceu livre disso tudo,nem precisa de exercício não!1rsrs
    jbjbjbj
    marta

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