Contação de Histórias em Itu

Contação de Histórias em Itu

terça-feira, 22 de junho de 2010

A vida prega umas peças que agente não imagina.
Quando penso que tudo vai bem, que materialmente estarei, pelo menos por um tempo, tranqüila, o mundo financeiro se desestrutura e aí a coisa pega e desaba sobre a minha cabeça milhões de pensamentos negativos. Tento não me desequilibrar, para tanto oro de manhã, de tarde e de noite. Respiro fundo e com um apagador imaginário vou dissolvendo os pensamentos ruins. Dali a pouco de novo, as questões pendentes não saem da cabeça! Falo comigo mesmo: Será que estou no caminho certo? Será que esse excesso de trabalho não é suficiente? Penso ainda: Acho que dessa vez vou precisar de ajuda , penso nos meus irmãos, penso no ex marido, nas amigas abastadas, mas não tenho coragem de pedir socorro. Choro e a mente atrapalhada se compadece dela mesma, é péssimo! Auto piedade, também não quero. Penso no meu pai, peço que ele lá do céu, onde tenho absoluta certeza que ele está, me mande uma luz. Ele que sempre estava pronto pra ajudar, que nunca deixou de ter aquela reserva de grana providencial e era totalmente generoso, faz uma falta tremenda. Pensando bem, meu pai e minha mãe, que foram e ainda são o meu porto seguro, minha âncora, ainda vivem em meus pensamentos. Essa referência de bondade, generosidade e desprendimento nunca se separarão de mim. Eles poderiam viver eternamente e seriam assim: bons, dignos e generosos. Meu pai era absolutamente correto, era mineiro, desses tradicionais, que foi criado em colégio interno, e viveu a infância e a juventude estudando longe de sua família e nem por isso se tornou problemático ou carente. Quando eu já era adulta, casada e depois separada, batíamos longos papos onde falávamos sobre qualquer assunto. Apesar da idade avançada e da criação severa ele era “prafrentex”, como diziam. Ele morreu aos 91, há cinco anos, quase cego e quase gagá. Meu pai e minha mãe, mulher forte e moderna, foram referencia para muitos, e eu trago comigo seu modelo de vida.
Mas voltando ao assunto grana, eu sonhei com eles e no sonho eu estava numa roubada, com problemas no carro em outra cidade, quando surgiram os dois para me salvar. Foi como se uma energia calma e serena viesse me dizer pra não ligar, para não me preocupar que tudo se resolveria como num passe de mágica. Esse sonho foi meu bálsamo, foi como se um unguento milagroso curasse uma queimadura profunda. Acordei, e me convenci de que não iria ligar para o problema. Cheguei à conclusão de que essas vaidades mundanas, grana principalmente, são coisas, e coisas não são realmente o mais importante e com tranquilidade e confiança tudo se resolve, basta ter um pouco de calma. Segui o meu dia sem nem pensar no problema financeiro que foi milagrosamente resolvido. Será que os dois lá do céu conspiraram ao meu favor?

Um comentário:

  1. Olá minha amiga Olga.
    Sempre venho ao seu blog, adoro as suas ponderações. Sim, com toda certeza o Dr. Guerra e Dna. Olga estão olhando por você.
    Beijuuuuus da China

    ResponderExcluir